As casas de bombas fazem parte do sistema de proteção às enchentes em Porto Alegre, que previnem alagamentos oriundos das chuvas e das águas dos rios Gravataí e Guaíba. Contudo, a enchente catastrófica que assola a cidade neste mês de maio tomou proporções muito maiores do que deveria graças a falta de manutenção e de funcionamento de diversas casas de bombas.
Há quantas casas de bomba em Porto Alegre?
Ao todo são 86 bombas e 23 casas de bombas em Porto Alegre, com capacidade total de bombeamento de 170 mil litros por segundo de água da chuva. Ao contrário do que muitos pensam, essas bombas não estão apenas nas regiões centrais, mas também temos na regiõe norte (fortemente atingida pelos alagamentos) e sul.
Confira abaixo a lista completa de casas de bombas de Porto Alegre:
Quais casas de bombas estão funcionando?
De acordo com o DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgoto), das 23 casas de bombas da cidade, apenas 11 estão funcionando:
- 04 – Pq Náutico
- 05 – Adelino Machado Souza
- 07 – Silvio Brum
- 11 A – Coronel Claudino
- 11 B – Icaraí II
- 12 – Parque Gigante
- 13 – Parque Marinha
- 14 – Policia Federal
- 15 – Érico Veríssimo
- 16 – Rótula Cuias
- 19 – Vila Planetário
Por que as casas de bombas de Porto Alegre não estão funcionando?
Segundo DMAE, 19 casas de bombas foram desligadas devido à inundação e também por riscos de choque elétrico. Contudo, vale frisar que o sistema de bombeamento da capital não recebe manutenção desde 2011. Algumas bombas desde 2006 e 2007.
Como funciona o sistema de prevenção de enchentes em Porto Alegre?
O sistema de proteção contra enchentes de Porto Alegre é um conjunto de obras de engenharia complexas que trabalham em conjunto para evitar alagamentos na cidade. O sistema foi projetado para proteger a cidade contra o aumento do nível do Rio Guaíba e do Rio Gravataí, que é causado por chuvas fortes e pela elevação do nível dos rios.
Os principais componentes do sistema incluem:
- Diques: São estruturas de terra ou concreto que funcionam como barreiras contra a água. Os diques em Porto Alegre têm um total de 68 km de extensão e protegem áreas baixas da cidade.
- Muro da Mauá: Uma parede de concreto com 2,6 km de extensão que se estende ao longo da margem do Guaíba no centro da cidade. O muro tem 6 metros de altura e serve como uma linha de defesa adicional contra as enchentes.
- Comportas: Portões que podem ser abertos e fechados para controlar o fluxo de água. As comportas são usadas para regular o nível do Guaíba e evitar que a água suba demais.
- Estações de bombeamento: Bombas potentes que removem água das áreas baixas da cidade. As estações de bombeamento são usadas para drenar a água após as chuvas e evitar alagamentos.
Como o sistema funciona:
- Monitoramento: O nível do Rio Guaíba é monitorado constantemente por sensores. As autoridades são alertadas se o nível da água subir muito rápido ou se atingir um nível perigoso.
- Fechamento das comportas: Se o nível do Guaíba subir demais, as comportas são fechadas para evitar que a água entre na cidade.
- Bombeamento de água: Se a água começar a subir em áreas baixas da cidade, as estações de bombeamento são acionadas para remover a água.
- Alerta à população: As autoridades alertam a população sobre o risco de enchentes e orientam as pessoas sobre como se proteger.
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