Desde a virada de abril para maio, o Rio Grande do Sul tem enfrentado uma grave catástrofe climática que já causou um impacto significativo na economia local, estimado em R$ 7,4 bilhões. Esses números, que ainda não incluem os prejuízos patrimoniais, foram apontados em um estudo liderado pelo economista-chefe da CDL de Porto Alegre, Oscar Frank Júnior.
Impacto profundo na economia
Oscar Frank Júnior projeta que, até o final de 2024, o impacto na economia total dessa catástrofe poderá atingir R$ 40,1 bilhões. O setor de serviços é o mais afetado, com perdas estimadas em até R$ 21,2 bilhões. A indústria segue em segundo lugar, com uma previsão de prejuízos de R$ 11,6 bilhões, enquanto a agropecuária pode sofrer perdas de até R$ 7,3 bilhões.
Setores Mais Impactados
- Setor de Serviços: Com perdas projetadas em R$ 21,2 bilhões, o setor de serviços enfrenta o maior impacto. A queda na demanda por serviços e a interrupção de operações comerciais contribuíram significativamente para essas perdas.
- Indústria: Estima-se que a indústria do estado sofrerá um impacto de R$ 11,6 bilhões. A interrupção na cadeia de suprimentos e a redução da produtividade são fatores críticos que agravam a situação.
- Agropecuária: Com perdas de até R$ 7,3 bilhões, a agropecuária enfrenta desafios como a destruição de colheitas e a diminuição da capacidade de produção devido às condições climáticas adversas.
Projeções e Metodologia
Segundo Frank Júnior, a projeção de perdas em maio foi baseada em um conjunto de dados, incluindo o Índice do Banco Central (IBC) e a arrecadação de ICMS, que caiu quase 15% no mês passado. “Já o prognóstico para o ano incorpora estatísticas da Conab para o segmento primário e contempla diferentes cenários para os setores secundário e terciário”, explica o especialista.
Os números levantados referem-se apenas às movimentações econômicas, sem incluir os danos ao patrimônio público e privado, ou os estoques de pessoas físicas e jurídicas. Isso significa que o impacto total da catástrofe na economia é provavelmente ainda maior.
A catástrofe climática que atinge o Rio Grande do Sul destaca a necessidade urgente de estratégias de mitigação e adaptação para enfrentar eventos climáticos extremos. A economia do estado, já severamente impactada, requer medidas robustas de recuperação para minimizar os prejuízos e promover a resiliência.
A resposta eficaz a este cenário envolve a colaboração entre governo, setor privado e comunidade, visando não apenas a recuperação econômica, mas também a implementação de infraestrutura e políticas que possam prevenir e mitigar futuros desastres climáticos. Com a projeção de perdas significativas até o final de 2024, a urgência de ações proativas nunca foi tão evidente.
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