Os dados mais recentes do Censo do IBGE 2022 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelaram um fenômeno surpreendente: a cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, registrou uma redução de mais de 5% em sua população em 2022. Esta é uma estatística intrigante, especialmente considerando que o IBGE havia estimado um crescimento populacional para a cidade no ano anterior.
De acordo com o Censo do IBGE 2022, a população de Porto Alegre teve uma queda brusca. Há 12 anos atrás tínhamos 1.409.351 pessoas morando na cidade. No entanto, em 2022, esse número caiu para 1.332.570 habitantes. Isso vai contra a estimativa de população feita pelo próprio IBGE em 2021, que, com base no crescimento populacional geral do Brasil, era de 1.492.530 habitantes para Porto Alegre.
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Censo do IBGE 2022 aponta aumento de imóveis vagos em Porto Alegre
Além disso, ocorreram mudanças interessantes na dinâmica habitacional de Porto Alegre durante esse período. Embora a população tenha diminuído, o número de domicílios na cidade aumentou expressivamente. Em 2010, havia 574.831 domicílios particulares permanentes.
No entanto, em 2022, esse número saltou para 686.414 domicílios, dos quais 558.151 estão ocupados, 101.013 estão vagos e 27.250 são de uso ocasional. Este é um aumento significativo, especialmente considerando que o número de domicílios vagos mais do que dobrou desde 2010, quando eram 48.934.
Houve também um crescimento de 10% no número de domicílios ocupados, passando de 508.813 em 2010 para 558.151 em 2022. Este fenômeno, apesar da diminuição na população, pode ser explicado pela redução na média de moradores por domicílio. Em 2022, a média é de 2,37 moradores por domicílio, enquanto em 2010 era de 2,75.
Tendência das grandes cidades
Este cenário não é exclusivo de Porto Alegre. Dos 319 maiores municípios do Brasil, aqueles que superam a marca de 100 mil habitantes, 39 deles apresentaram uma diminuição populacional entre os Censos de 2010 e 2022. Entre esses municípios, estão algumas capitais brasileiras, um fato que o IBGE destacou como “algo inédito dentro dos censos demográficos recentes”.
O que está causando essa diminuição na população em contraste com o aumento do número de domicílios permanece uma questão complexa. Possíveis causas podem incluir a emigração para outras cidades ou estados, mudanças nas taxas de natalidade e mortalidade, ou até mesmo uma crescente preferência por domicílios menores. Mais pesquisas serão necessárias para entender totalmente o que está por trás dessas estatísticas.
Enquanto isso, a cidade de Porto Alegre e outras que enfrentam tendências semelhantes terão que se adaptar a essa nova realidade. Os impactos dessa mudança na população serão sentidos em várias áreas, incluindo planejamento urbano, serviços públicos, e até mesmo nas eleições.
Conforme essas cidades evoluem, será crucial acompanhar de perto essas tendências para garantir que as necessidades da população continuem sendo atendidas.
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