Governo do RS cancela construção de 2 Centros Humanitários de Acolhimento

O governo do Rio Grande do Sul decidiu interromper a implementação dos dois últimos Centros Humanitários de Acolhimento (CHA) planejados para Porto Alegre. Essas instalações seriam dedicadas a abrigar pessoas que perderam suas casas durante as enchentes que afetaram o estado em maio deste ano. De acordo com o Gabinete do Vice-Governador, as “cidades provisórias” já existentes são suficientes para atender à demanda atual de desabrigados.

Dados recentes da Secretaria de Desenvolvimento Social indicam que, até esta quinta-feira (8), 2.771 pessoas continuam desabrigadas. Destas, 809 estão abrigadas nas cidades provisórias já em funcionamento, enquanto 1.962 permanecem em 65 abrigos distribuídos por 31 municípios. Durante o pico das enchentes, mais de 500 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas, resultando em 182 mortes e 29 desaparecidos.

Infraestrutura dos Centros Humanitários de Acolhimento

Atualmente, há dois CHAs em Canoas e um em Porto Alegre, com uma capacidade total para abrigar 2.328 pessoas. O primeiro CHA, localizado em Canoas, foi inaugurado no início de julho, perto da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), com capacidade para 630 pessoas. Em Porto Alegre, o CHA, situado na Avenida Homero Guerreiro, Zona Norte, pode acolher até 848 pessoas.

Esses centros oferecem infraestrutura básica, incluindo alimentação, higiene e lazer. O espaço é financiado pelo Sistema Fecomércio e gerido pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), que coordena a triagem, limpeza, distribuição de alimentos e atividades de integração. Os serviços de saneamento básico, energia elétrica e água são fornecidos pelos municípios e concessionárias locais, enquanto a segurança é garantida pela Brigada Militar (BM).

O governo estadual não estabeleceu um prazo para o encerramento das operações dos CHAs, enfatizando que são medidas temporárias até que as moradias definitivas, previstas pelo governo federal, sejam entregues. O Monitoramento de Abrigos 2024 desempenha um papel crucial na gestão e assistência aos desabrigados, garantindo que todos tenham acesso aos recursos e serviços necessários durante esse período de recuperação.

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Magdalena Schneider

Magdalena Schneider

Bacharel em Psicologia pela Faculdade IENH; especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial pela Universidade Estácio de Sá.
Natural de Dois Irmãos / RS, sempre quis morar em Porto Alegre, e em 2020 realizou esse desejo. Há três anos vem desbravando a capital gaúcha e compartilhando aqui suas experiências.