Cesta Básica em Porto Alegre: Preços seguem em alta

Em julho de 2024, o valor médio da cesta básica em Porto Alegre registrou uma redução de 4,34% em comparação ao mês anterior, atingindo R$ 769,96. Apesar da queda, a capital gaúcha ainda mantém a terceira cesta básica mais cara entre as capitais do Brasil, atrás apenas de São Paulo e Florianópolis. Esses dados foram divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na última terça-feira (6).

O Dieese aponta que o custo da cesta básica em Porto Alegre corresponde a 58,95% do salário mínimo de um trabalhador. Embora a variação acumulada de 2024 tenha sido de um aumento modesto de 0,45%, houve uma redução de 0,93% nos preços nos últimos 12 meses. Mesmo assim, o custo da cesta básica continua pressionando os orçamentos familiares.

Alterações na Cesta Básica

Alguns itens da cesta básica em Porto Alegre tiveram quedas significativas em seus preços. O pão francês e o feijão foram os que mais contribuíram para essa redução, com decréscimos de 2,22% e 3,20%, respectivamente. No entanto, o arroz registrou um aumento de 2,26% em julho. A variação nos preços do arroz reflete as consequências das catástrofes climáticas ocorridas em maio no Rio Grande do Sul, que prejudicaram a produção local.

Além disso, o preço do arroz caiu em 13 capitais, com variações de -0,37% em Recife a 3,9% em Belo Horizonte. O feijão também apresentou quedas em 13 capitais, com reduções entre 0,66% e 3,04%. Por outro lado, o pão francês teve aumento em 12 capitais, com Florianópolis e João Pessoa registrando os maiores incrementos.

Comparação com outras capitais

São Paulo liderou o ranking das capitais com a cesta básica mais cara em julho, custando R$ 809,77, seguida por Florianópolis, com R$ 782,73. Em Porto Alegre, a cesta custou R$ 769,96, posicionando a cidade em terceiro lugar, enquanto no Rio de Janeiro, o valor foi de R$ 757,64.

As maiores reduções nos preços da cesta básica em comparação a junho ocorreram no Rio de Janeiro (-6,97%), Aracaju (-6,71%) e Belo Horizonte (-6,39%). Já as menores cestas básicas foram registradas em Aracaju (R$ 524,28), Recife (R$ 548,43) e João Pessoa (R$ 572,38).

Salário mínimo ideal

O Dieese estima que, para cobrir todas as despesas básicas de uma família, o salário mínimo deveria ser de R$ 6.802,88, aproximadamente 4,82 vezes o valor atual de R$ 1.412,00. Em julho, o tempo médio necessário para um trabalhador adquirir a cesta básica foi de 105 horas e 8 minutos, uma leve melhora em relação às 109 horas e 53 minutos registradas em junho.

A análise revela a complexidade do cenário econômico atual, onde mesmo com a queda nos preços, a cesta básica em Porto Alegre ainda é um desafio financeiro significativo para grande parte da população.

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Magdalena Schneider

Magdalena Schneider

Bacharel em Psicologia pela Faculdade IENH; especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial pela Universidade Estácio de Sá.
Natural de Dois Irmãos / RS, sempre quis morar em Porto Alegre, e em 2020 realizou esse desejo. Há três anos vem desbravando a capital gaúcha e compartilhando aqui suas experiências.

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