A empresa de trens Trensurb está enfrentando uma sequência de desafios devido aos alagamentos recorrentes que têm impactado os trilhos e interrompido as viagens. Além dos transtornos para os passageiros, os prejuízos financeiros estão se acumulando, ultrapassando a marca dos R$ 700 mil. Vamos explorar os detalhes dessa situação complexa.
Demora nas Viagens e Custos Crescentes
Na última terça-feira (02), uma intensa chuva provocou alagamentos nos trilhos, levando à paralisação das viagens entre as estações Mercado e Farrapos. Os custos imediatos para lidar com os transtornos, como ônibus para transportar passageiros, já somam R$ 22 mil, um fardo para os cofres públicos federais.
Considerando o episódio recente e um alagamento ocorrido há menos de dois meses, a Trensurb está contabilizando um prejuízo total que ultrapassa os R$ 700 mil. Em novembro, uma enchente histórica em Porto Alegre causou a interrupção das viagens nas mesmas estações, resultando em um custo de R$ 689 mil.
O diretor-presidente da Trensurb, Fernando Marroni, destaca que, além dos custos operacionais, a substituição do aço nos trilhos é uma despesa significativa. A instabilidade causada pelos alagamentos exige a restauração da estrutura, contribuindo para os prejuízos expressivos.
Ônibus como Alternativa: Parceria com EPTC e Metroplan
Para contornar as interrupções nas viagens de trem, a Trensurb possui um convênio com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan). Essas entidades fornecem ônibus de Porto Alegre e Região Metropolitana para transportar passageiros quando necessário.
A parceria envolveu 15 ônibus, sendo oito da Capital e sete de municípios vizinhos. Ao todo, foram realizados 64 deslocamentos, considerando ida e volta. A Trensurb paga o valor das passagens para cada viagem, com desconto de 10%.
Resta agora avaliar os custos totais, incluindo a manutenção e limpeza dos trilhos. A preocupação principal de Marroni recai sobre a substituição do aço, destacando a gravidade desse impacto na infraestrutura ferroviária.
Respostas e Responsabilidades
Durante os episódios de alagamento, usuários expressaram insatisfação com a demora na retomada das viagens de ônibus entre as estações Farrapos e Mercado. Marroni aponta para os órgãos fiscalizadores, como EPTC, como responsáveis por fornecer os veículos necessários.
Adailton Maia, gerente de fiscalização da EPTC, nega atrasos significativos, destacando que a frota foi suficiente para atender à demanda, especialmente durante o período de férias de verão, quando menos pessoas utilizam o transporte público.
A Metroplan, acionada pela EPTC, reforçou o efetivo para lidar com a situação. Segundo a entidade, ônibus metropolitanos já estavam transportando passageiros 20 minutos após o chamado.
Os desafios enfrentados pela Trensurb refletem não apenas os prejuízos financeiros, mas também as complexidades logísticas e estruturais envolvidas na manutenção do transporte ferroviário. Com custos crescentes e a necessidade de parcerias emergenciais, a empresa busca soluções para garantir a eficiência e a segurança de suas operações diante das adversidades climáticas.
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