Porto Alegre enfrenta um dos momentos mais desafiadores de sua história recente. O prefeito Sebastião Melo emitiu um alerta grave neste domingo (05) sobre o risco iminente de colapso total nos serviços essenciais de água e energia na capital gaúcha. A situação crítica foi desencadeada após as recentes inundações do Guaíba, que mergulharam a cidade em uma crise sem precedentes desde a última quinta-feira.
Origens da Crise em Porto Alegre
As águas do Guaíba, impulsionadas por fortes chuvas, atingiram níveis históricos, inundando diversas áreas da cidade, inclusive as estações de tratamento de água. Com isso, apenas duas das seis estações estão operacionais, Menino Deus e Belém Novo, resultando em um desabastecimento de água que afeta cerca de 70% da população da capital.
Além da falta de água, há uma preocupação significativa com o fornecimento de energia elétrica. Por questões de segurança, a CEEE Equatorial precisou desativar redes de distribuição essenciais, especialmente no Centro Histórico da cidade, ampliando os impactos do desastre.
Resposta das Autoridades
Diante dessa situação crítica, o prefeito Sebastião Melo fez um apelo à população para que economize água. Ele também sugeriu que os moradores com residências no litoral considerem se mudar temporariamente para facilitar as operações de resgate e desobstrução das vias essenciais na cidade.
No intuito de gerenciar a crise, a Prefeitura optou por suspender as aulas na rede municipal e particular até a próxima quarta-feira (08). No entanto, as creches municipais permanecerão abertas para apoiar pais que precisam trabalhar e não têm com quem deixar seus filhos.
Níveis do Guaíba e Impactos
O nível do Guaíba no Cais Mauá atingiu uma marca histórica, ultrapassando 5 metros e 30 centímetros. Esta é considerada a maior enchente da história de Porto Alegre, superando até mesmo a tragédia de 1941. Apesar de uma pequena redução no nível das águas ter sido registrada ao meio-dia de domingo, a situação ainda é de extrema alerta.
Segundo dados recentes da Defesa Civil, as inundações já resultaram em pelo menos 78 mortes em todo o estado do Rio Grande do Sul, configurando uma das maiores tragédias naturais da região nos últimos tempos.
A cidade e suas autoridades continuam em estado de emergência, buscando soluções para enfrentar essa crise sem precedentes e fornecer assistência adequada à população afetada.
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