O que é o Dopinho de Porto Alegre, que recebeu a placa do Projeto Marcas da Memória?

No dia 29 de abril, o antigo prédio conhecido como Dopinho, localizado na rua Santo Antônio, 600, em Porto Alegre, recebeu novamente a sua placa do Projeto Marcas da Memória. Essa placa é uma marca que denuncia os crimes da ditadura militar e tem como objetivo manter viva a memória dos acontecimentos ocorridos naquele local.

A volta da placa para o Dopinho de Porto Alegre visa preservar a memória dos locais que foram palco de violações aos direitos humanos durante a ditadura militar. Essa iniciativa é de extrema importância para lembrar a história, garantir justiça às vítimas e evitar que os abusos do passado se repitam. A preservação da memória é essencial para construir uma sociedade mais consciente, democrática e respeitosa com os direitos humanos.

Peças de teatro e shows de comédia stand-up em Porto Alegre maio de 2023.

O Dopinho era um centro clandestino de repressão

O Dopinho foi o primeiro centro clandestino de detenção e tortura do Cone Sul, instalado logo após abril de 1964, durante a ditadura militar. Funcionou até setembro de 1966, quando foi fechado após a descoberta do assassinato do sargento Manoel Raimundo Soares, conhecido como “caso das mãos amarradas”. Esse local foi palco de violações aos direitos humanos, onde muitas pessoas foram presas, torturadas e algumas até perderam suas vidas.

O Projeto Marcas da Memória: preservando a história e a justiça

Imagem: Maria Emília Portella/SMDS PMPA.

O Projeto Marcas da Memória é uma iniciativa do Executivo Municipal de Porto Alegre em parceria com o Movimento de Justiça e Direitos Humanos. Ele busca formar a cultura material de desvendamento da repressão, marcando locais que foram utilizados como prisões, centros de detenção, tortura e desaparecimento de pessoas durante a ditadura militar. As placas colocadas em diversos pontos da cidade têm o objetivo de tornar público e visível para a sociedade as graves violações aos direitos humanos ocorridas nesses locais.

Preservando a memória para as novas gerações

A preservação das Marcas da Memória é fundamental para que as novas gerações tenham acesso à história e aos acontecimentos do passado, evitando que se repitam os abusos e a opressão vividos durante a ditadura militar. É necessário superar os traumas do passado sem apagar a memória, permitindo que as informações estejam disponíveis para a sociedade. Ao conhecer a história, podemos refletir sobre os erros do passado e construir um futuro mais justo e democrático.

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Priscilla Kinast

Priscilla Kinast

Priscilla Kinast é redatora de web sites há cerca de 8 anos, tendo ao todo 15 anos de experiência com produção de conteúdo para a internet. Graduada em Administração de Empresas (Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre), encontrou sua verdadeira paixão na administração de websites.

Devido sua experiência com redação de conteúdo, obteve registro profissional como jornalista pelo Ministério do Trabalho (Registro Profissional: 0020361/RS).

É porto-alegrense raiz, nascida e criada na zona norte da cidade, mas muito apaixonada pela zona sul e pela orla do Guaíba. Ama a cidade e está sempre em busca de trazer mais informações que possam ajudar seus conterrâneos a curtirem mais o que Porto Alegre tem para oferecer!

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