O Estádio Olímpico Monumental, histórica casa do Grêmio, pode ser transformado em uma cidade provisória para abrigar vítimas das recentes enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul. A Prefeitura de Porto Alegre consultou o clube sobre a utilização do estádio, atualmente abandonado, para este fim emergencial.
O Grêmio está analisando a proposta, que será discutida pelo Conselho de Administração e pelo Conselho Deliberativo do clube. Dada a urgência da situação, a decisão deve ser tomada até quarta-feira. Nas últimas semanas, o estádio já vinha sendo utilizado como centro de coletas de doações para os afetados pelas enchentes.
Além de Porto Alegre, outras três regiões estão sendo consideradas para abrigar os desabrigados: São Leopoldo, Canoas e Guaíba. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou que as chuvas históricas no início deste mês afetaram 463 municípios, desalojando mais de 500 mil pessoas e deixando 76 mil em abrigos. Ao todo, 157 pessoas morreram, 806 ficaram feridas, e 88 continuam desaparecidas.
Histórico do Estádio Olímpico
O Estádio Olímpico foi a casa do Grêmio até 2012, quando o clube se mudou para a nova Arena do Grêmio. O estádio, inaugurado em 19 de setembro de 1954, foi palco de 1767 partidas do Grêmio, além de jogos da seleção brasileira e grandes shows internacionais. A última partida oficial no Olímpico foi em 17 de fevereiro de 2013, com uma vitória do Grêmio sobre o Veranópolis.
O local foi entregue à construtora OAS como parte do pagamento pela construção da nova arena. Planos para demolir o estádio e construir um condomínio residencial estão parados devido a impasses entre a diretoria do Grêmio e a OAS.
Retomada das Atividades do Grêmio
Com o adiamento dos jogos devido às enchentes, o Grêmio retomou suas atividades na última semana, treinando no CT Joaquim Grava, do Corinthians, em São Paulo. A equipe, sob a direção do técnico Renato Gaúcho, deve disputar partidas da Libertadores contra Estudiantes e The Strongest no Couto Pereira, em Curitiba.
A CBF adiou os jogos dos clubes gaúchos até o dia 27 de maio, enquanto a Conmebol remarcou as datas da Libertadores. As dificuldades de deslocamento são agravadas pelo fechamento do aeroporto Salgado Filho, que permanecerá sem atividades até o dia 30 de maio.
A situação das enchentes no Rio Grande do Sul continua crítica, e a decisão sobre a utilização do Estádio Olímpico como abrigo temporário pode fornecer uma solução rápida e necessária para os desabrigados, ajudando a mitigar os impactos dessa calamidade pública.
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