Na próxima semana, cerca de 25 mil pacientes que possuem procedimentos eletivos já agendados serão afetados pela suspensão de atendimentos em 18 hospitais de referência do Rio Grande do Sul. Essa decisão, anunciada em uma coletiva de imprensa, reflete a falta de condições e sustentabilidade das instituições para continuar prestando serviços ao Ipe Saúde devido aos novos modelos de remuneração adotados a partir de 1° de abril.
Motivos da suspensão dos atendimentos do Ipe Saúde
Os hospitais alegam que os novos modelos de remuneração tornaram-se insustentáveis, com reajustes insuficientes para cobrir os custos dos serviços prestados. Segundo o diretor geral da Santa Casa de Porto Alegre, Júlio Dornelles de Matos, o prejuízo seria de R$ 154 milhões ao ano para as casas de saúde, inviabilizando a continuidade dos atendimentos. A falta de negociação por parte do Ipe Saúde para adequar as tabelas de remuneração às necessidades dos hospitais também foi destacada como um dos motivos para a suspensão.
Inicialmente, a suspensão afetará cerca de 25 mil assegurados que tinham consultas e procedimentos eletivos agendados para depois do dia 6 de maio. Essa medida representa aproximadamente 60% dos atendimentos realizados pelos 18 hospitais envolvidos. O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul ressalta a importância de priorizar o atendimento à população e defende a revisão da obrigatoriedade de contrato global nos termos de negociação, que transfere aos hospitais o pagamento de honorários médicos sem garantias para esses profissionais.
Até o momento, o Ipe Saúde não se manifestou sobre a decisão dos hospitais e a suspensão dos atendimentos.
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