Serviço essencial para muitos, as lotações em Porto Alegre enfrentam um futuro incerto. A falta de subsídios por parte da prefeitura coloca em risco a continuidade do serviço, que atende principalmente mulheres e idosos. Presidente da Associação dos Transportadores de Passageiros por Lotação (ATL), Magno Isse, propõe um subsídio de 10% do valor destinado aos ônibus para garantir a viabilidade das lotações.
As lotações em Porto Alegre vão acabar?
Atualmente, a tarifa das lotações é de R$ 8,00, enquanto a dos ônibus é de R$ 4,80. Isse argumenta que a tarifa real dos ônibus é de R$ 5,90, com a diferença sendo coberta por subsídios da prefeitura. Isse destaca que, apesar de manter uma base fiel de passageiros, as lotações sofrem com a concorrência de aplicativos de transporte e transporte clandestino.
Em resposta, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) afirma que o serviço de lotação é independente e, portanto, não se qualifica para receber subsídios do governo municipal. A prefeitura, no entanto, ressalta medidas já tomadas para auxiliar as lotações, como a isenção do ISSQN por dois anos e a ampliação das formas de pagamento.
As negociações entre a ATL, a prefeitura e a EPTC estão em curso e o desfecho é aguardado com expectativa nos próximos 30 dias. A decisão terá um impacto significativo na vida de milhares de usuários que dependem das lotações para se locomover na cidade.
Pontos-chave da situação
- Ameaça de extinção: Sem subsídios, as lotações de Porto Alegre podem deixar de operar.
- Proposta de subsídio: A ATL pede 10% do valor destinado aos ônibus para manter o serviço.
- Tarifa e concorrência: As lotações cobram R$ 8,00, enquanto a tarifa dos ônibus é de R$ 4,80 (R$ 5,90 real, com subsídio). A concorrência com aplicativos e transporte clandestino é intensa.
- Posição da EPTC: O serviço de lotação é independente e não se qualifica para subsídios.
- Medidas da prefeitura: Isenção do ISSQN e ampliação das formas de pagamento.
- Negociações em curso: Futuro das lotações será definido em até 30 dias.
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