Desde o dia 3 de maio, o tradicional Mercado Público de Porto Alegre está fechado devido às inundações que afetaram o local. A água, que chegou a 1,80 metros dentro das galerias, forçou a interrupção total das atividades, afetando diretamente comerciantes e clientes. Segundo a Associação dos Permissionários do Mercado Público de Porto Alegre, o prejuízo estimado, considerando itens perdidos e o tempo de inatividade, pode chegar a R$ 27 milhões.
Inundação e Impactos no Mercado Público de Porto Alegre
Os comerciantes conseguiram salvar alguns itens durante o período de prevenção, quando foi informado sobre a possibilidade de alagamento e a evacuação foi realizada. No entanto, produtos perecíveis que ficaram para trás contabilizam perdas de cerca de R$ 2 milhões. Além disso, móveis, refrigeradores, prateleiras e outros equipamentos sofreram danos significativos, estimando-se que o custo para substituí-los ultrapasse R$ 10 milhões.
O fechamento prolongado do Mercado Público resultou em uma perda substancial de receita. Em um dia normal, circula aproximadamente R$ 500 mil no local. Com a previsão de fechamento até o final de maio, o valor total que deixará de circular se aproxima de R$ 15 milhões. Rafael Sartori, presidente da Associação dos Permissionários, destacou que 80% das operações do térreo foram diretamente afetadas pela inundação.
A recuperação do Mercado Público será dividida em quatro fases: prevenção, remoção de itens danificados, dedetização e higienização. Assim que a água baixar para cerca de 30 a 40 centímetros, será possível acessar o local com caminhões para retirar os itens perecíveis que estragaram. A dedetização será necessária devido à infestação de pragas, seguida de uma limpeza completa.
Apoio da Prefeitura
O Mercado Público é administrado pela prefeitura de Porto Alegre, que isentou os permissionários da outorga de maio e está avaliando formas de cobrança das outorgas dos próximos meses. André Barbosa, secretário de Administração e Patrimônio de Porto Alegre, afirmou que serão utilizados recursos do Fundo do Patrimônio Imobiliário (Fun-Patrimônio) para a remoção de entulho e limpeza pesada, bem como para consertar itens de espaço público como escadas rolantes e elevadores.
Rafael Sartori, presidente da Associação e proprietário da Casa de Carnes Santo Angelo, expressou sua tristeza com a situação, mas ressaltou a resiliência do Mercado. Carolina Kader, cuja família possui o Armazém de Confeiteiro e o Mercado de Ideias, compartilhou as dificuldades enfrentadas. No Armazém, quase tudo foi perdido, incluindo balcões, freezers e computadores. Ela enfatizou que, apesar de conseguir levantar alguns móveis e retirar itens perecíveis, o nível da água subiu muito mais do que o esperado.
Expectativa de Reconstrução
A expectativa é que a água baixe até o fim do mês, permitindo o início dos reparos. As fases subsequentes de dedetização e higienização devem ser concluídas em duas semanas. Com a colaboração entre comerciantes e prefeitura, há esperança de que o Mercado Público de Porto Alegre recupere sua vitalidade e continue sendo um símbolo de resiliência para a cidade.
A situação do Mercado Público de Porto Alegre é uma lembrança dolorosa do impacto das inundações. No entanto, o compromisso dos permissionários e o apoio da prefeitura são passos cruciais para a recuperação deste importante ponto histórico e comercial. A cidade aguarda com esperança a reabertura do Mercado, renovado e pronto para continuar sua tradição de servir a comunidade porto-alegrense.
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