Moradia digna: Porto Alegre é a 2ª pior capital para se viver

O IPS Brasil serve como um alerta para os desafios que Porto Alegre enfrenta, mas também aponta para oportunidades de melhoria.

Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, enfrenta um cenário habitacional preocupante, marcado pela escassez de moradias adequadas e agravado pelas recentes inundações. Segundo o Índice de Progresso Social Brasil (IPS Brasil), a cidade ocupa as últimas posições em termos de acesso à moradia digna, superando apenas Macapá.

O IPS Brasil, que avaliou 5.770 municípios brasileiros, utiliza diversos indicadores para medir o acesso à moradia adequada, incluindo coleta de resíduos, qualidade das estruturas residenciais e acesso a serviços básicos.

Porto Alegre:

  • Score de 78,56 em moradia adequada: 16 pontos atrás da líder João Pessoa e 9 pontos abaixo da média nacional.
  • Figura entre as últimas colocadas em áreas verdes urbanas e índices de emissão de CO2.

Desafios de Porto Alegre são exacerbados pelas inundações

As inundações de maio de 2024 agravaram a situação, deixando muitas famílias desabrigadas e expondo ainda mais a fragilidade do sistema habitacional da cidade. Três das cinco ocupações recentes no Centro Histórico estão diretamente relacionadas às consequências das chuvas.

A ocupação do MTST em um edifício do INSS, que negocia a transformação do espaço em habitação popular, é um exemplo da mobilização social em busca de soluções. Essa iniciativa pode oferecer moradia digna para centenas de pessoas e representar um passo importante para amenizar o déficit habitacional.

Desigualdades e Potencial para Melhorias

Apesar dos desafios em moradia e meio ambiente, Porto Alegre se destaca em outros aspectos sociais, como acesso à informação e educação superior, figurando entre as melhores do país. Esse contraste ressalta as desigualdades presentes na cidade e o potencial para um desenvolvimento mais equilibrado e inclusivo.

O IPS Brasil serve como um alerta para os desafios que Porto Alegre enfrenta, mas também aponta para oportunidades de melhoria. A cidade precisa transformar esses dados em ações concretas que beneficiem toda a população, priorizando a construção de um ambiente seguro, sustentável e com moradia digna para todos.

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Magdalena Schneider

Magdalena Schneider

Bacharel em Psicologia pela Faculdade IENH; especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial pela Universidade Estácio de Sá.
Natural de Dois Irmãos / RS, sempre quis morar em Porto Alegre, e em 2020 realizou esse desejo. Há três anos vem desbravando a capital gaúcha e compartilhando aqui suas experiências.

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