21 anos após seu lançamento, o filme O Homem Que Copiava, gravado quase todo em Porto Alegre, ainda emociona e encanta o público. A história de André, o operador de fotocopiadora interpretado por Lázaro Ramos, que se apaixona por Silvia (Leandra Leal) e se envolve em uma trama de falsificações, tornou-se um clássico do cinema brasileiro.
Para os fãs do filme, a capital gaúcha se torna um cenário ainda mais especial, já que diversos locais da cidade foram utilizados como locações de filmagem. Confira a seguir 8 locais que serviram de cenário para o filme e como eles estão hoje em dia.
8 lugares onde O Homem que Copiava foi filmado em Porto Alegre
1. Gráfica Gomide
O local onde André trabalhava em O Homem que Copiava, conhecido como Gráfica Gomide, é na verdade a gráfica A Bayadeira, localizada na Avenida Osvaldo Aranha, número 1.000, no bairro Bom Fim. Apesar de mudanças de proprietários e modernizações, o estabelecimento conserva parte de sua história, com destaque para o funcionário Jorge Ricardo de Oliveira, que está lá há mais de 40 anos.
2. Ponte Móvel do Guaíba
Cenário de uma das cenas marcantes do filme, a escadaria da ponte móvel permanece praticamente inalterada. No entanto, o monte de areia onde ocorre o desfecho da cena não está mais presente.
3. Lotérica Gato Preto II
É na antiga Lotérica Gato Preto II da Avenida Farrapos que André tenta trocar a nota falsa de R$ 50, e acaba se envolvendo em uma situação inusitada com a atendente.
Vinte anos depois, a Lotérica Gato Preto II não existe mais. O local foi fechado e agora é uma loja de rolamentos. Para os fãs do filme, é um pouco decepcionante não poder encontrar o local exato onde a cena foi filmada.
4. O Apartamento de André
Em O Homem Que Copiava, a residência de André ficava na Avenida Presidente Franklin Roosevelt, em frente ao Clube Sociedade Gondoleiros. Vinte anos depois, o prédio onde André morava ainda está lá, com poucas mudanças. A fachada e a estrutura geral do prédio se mantêm praticamente intactas.
No entanto, o Clube Gondoleiros, que servia como cenário para algumas cenas do filme, passou por uma transformação significativa. O local que antes era um clube social, agora é uma empresa de coworking. Apesar da mudança de função, o tradicional barquinho com os gondoleiros, símbolo do clube, ainda está presente, porém, agora na cor dourada.
5. Cais Mauá
O Cais Mauá, em Porto Alegre, é um local de beleza singular. À beira do Lago Guaíba, com seus armazéns históricos e vista para a cidade, o Cais Mauá é um dos cartões postais de Porto Alegre. E foi nesse cenário que algumas das cenas mais marcantes de O Homem que Copiava foram filmadas.
Na trama, André e Silvia caminham pelo Cais Mauá, conversam sobre seus sonhos e frustrações, e finalmente se beijam em um momento de pura paixão. Vinte anos depois, o Cais Mauá ainda é um local bonito e importante para Porto Alegre. No entanto, o local também enfrenta desafios.
A revitalização do Cais Mauá está em andamento, mas ainda não foi concluída. Há áreas inacessíveis ao público, e a presença de embarcações de cruzeiro diminuiu consideravelmente.
6. Praça Edgar Schneider
No coração do Cais Mauá, em Porto Alegre, encontra-se a Praça Edgar Schneider. Um local que, em 2003, serviu de cenário para uma das cenas mais marcantes do filme O Homem Que Copiava: a conversa entre André (Lázaro Ramos) e Silvia (Leandra Leal) aos pés da escultura “As Moças da Fonte”.
Vinte anos depois do filme, a Praça Edgar Schneider é um local bem diferente do que era na época do filme. A área verde está tomada pelo mato alto, as árvores cresceram e a escultura “As Moças da Fonte” está deteriorada e escondida atrás de um muro. A praça, que antes era um espaço de lazer e contemplação, está interditada ao público e em estado de abandono.
É lamentável ver um local que teve tanta importância para o cinema gaúcho estar em tal estado. A Praça Edgar Schneider era um espaço de beleza e significado, e agora se encontra esquecido e inacessível.
7. Loja Silvia
Na esquina da Avenida Venâncio Aires com a Rua General Lima e Silva, na Cidade Baixa de Porto Alegre, encontra-se a loja Tásken. O que muitos não sabem é que este local guarda uma história cinematográfica: antigamente, era a loja Silvia, cenário do filme O Homem Que Copiava.
No filme, a personagem de Leandra Leal trabalhava na loja de moda feminina Silvia. Na época das filmagens, a loja se chamava Casa Elsa. A direção de arte do filme alterou a fachada para “Silvia”, mas após as filmagens, a loja voltou ao seu nome original.
Em 2010, a loja passou por uma reforma e recebeu o nome Tásken. Apesar da mudança de nome e da reforma, a fachada da loja ainda guarda alguns elementos da época do filme, como a cor e a estrutura geral.
8. Lancheria Guga’s
Localizada na Avenida Protásio Alves, 154, no bairro Rio Branco, a lancheria ainda mantém o mesmo clima aconchegante de 20 anos atrás, quando foi utilizada como locação para O Homem que Copiava. A mesa número 4, onde André e Silvia se sentam em uma cena marcante, ainda está lá, com um porta-retratos com uma foto da cena. O segundo andar do restaurante serviu como camarim para os atores durante as filmagens.
O Guga’s em si não mudou muito desde a época de gravação do filme. Apesar de não receber clientes no balcão, o bar mantém o mesmo clima de 20 anos atrás, além de servir um cardápio digno, com uma a la minuta de primeira.
Para quem visita a lancheria, vale a pena pedir o mesmo prato que André e Silvia comeram no filme: um xis salada com fritas. E, claro, tirar uma foto na mesa número 4, para reviver a magia do cinema.
Apesar das mudanças ao longo dos anos, os locais que serviram de cenário para O Homem Que Copiava continuam a fazer parte do cenário urbano de Porto Alegre. Para os fãs do filme e os apreciadores da cidade, esses pontos evocam memórias de uma produção que se tornou parte da cultura cinematográfica brasileira.
Com informações de GZH.
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