Parque da Redenção

Parque da Redenção: Mais de 2 séculos de história

O Parque da Redenção, ou Parque Farroupilha, é um dos lugares mais queridos e populares de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, Brasil. Com uma área verde exuberante, monumentos históricos e uma variedade de atividades recreativas, o parque atrai moradores locais e visitantes de todas as idades e origens sociais. Neste post, vamos explorar a história fascinante do Parque da Redenção, desde suas origens até sua transformação em um espaço tão querido pela comunidade.

O guia completo com os 12 parques de Porto Alegre.

Origens na Várzea do Portão

O local onde o Parque da Redenção está localizado era originalmente conhecido como Várzea do Portão, uma vasta planície de inundação próxima ao antigo portão da Vila de Porto Alegre. Em 23 de fevereiro de 1807, a Câmara Municipal solicitou ao governador da Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, almirante Paulo Gama, a doação da Várzea para ser utilizada como um espaço público e também como área de concentração para rebanhos de gado trazidos para abastecer a cidade. No entanto, a medição efetiva do terreno só ocorreu entre 1820 e 1825.

Lutas contra a especulação imobiliária

Durante a Revolução Farroupilha, a área do parque ficou fora das fortificações da cidade. Após o conflito, uma inspeção da Câmara Municipal revelou várias irregularidades, como cercas avançando em seu território e uma chácara construída em seu centro. Essas construções foram ordenadas a serem demolidas imediatamente. Nos anos seguintes, o governo provincial e outros particulares tentaram parcelar o terreno e alterar seus objetivos originais, mas sempre encontraram oposição do poder público.

Do Campo do Bonfim ao Parque da Redenção

Em 1870, o terreno recebeu sua primeira denominação oficial, passando a ser chamado de Campo do Bonfim, devido à construção da Capela do Bonfim em seu limite norte. No entanto, ameaças posteriores à integridade da área foram frustradas, e em 1884 seu nome foi alterado para Campos da Redenção, em comemoração à abolição da escravatura na cidade. Nessa época, o parque já estava cercado por edificações por todos os lados.

No final do século XIX e início do século XX, várias reformas e melhorias foram realizadas no parque. Em 1901, por ocasião da Exposição Estadual, uma grande parte do parque foi ajardinada e embelezada, com a construção de um circo de touradas, uma pista de corridas de cavalos e um velódromo. No entanto, essas estruturas não duraram muito tempo. Durante esse período, várias áreas foram cedidas para a construção de instituições educacionais, como a Escola de Engenharia e outras escolas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

A transformação em Parque da Redenção

Parque da Redenção
Imagem: Hedestad / Wikipedia.

Em 1935, em preparação para a Exposição do Centenário da Farroupilha, o parque passou por uma transformação significativa. A parte sul do parque foi drenada, nivelada e urbanizada, seguindo um projeto elaborado pelo urbanista francês Alfred Agache. Foi nesse ano que o parque recebeu sua denominação atual, Parque da Redenção, em homenagem à Revolução Farroupilha, um importante conflito histórico do Rio Grande do Sul.

A partir desse momento, o Parque da Redenção passou por uma série de melhorias e expansões. Em 1939, foi construído um espelho d’água no eixo central do parque, e o ajardinamento continuou a ser aprimorado ao longo dos anos. Recantos temáticos, como o Jardim Alpino, Jardim Europeu e Jardim Oriental, foram implantados em 1941 pelo arquiteto Arnaldo Gladosch. O parque também recebeu monumentos importantes, como o Monumento ao Expedicionário, inaugurado em 1953, em homenagem aos combatentes brasileiros da Segunda Guerra Mundial.

Nos anos seguintes, o Parque da Redenção continuou a ser ajardinado e urbanizado, embora tenha perdido parte de sua área para a construção de postos de gasolina, um parque de diversões, um minizoo e um complexo desportivo. Apesar dessas perdas, o parque foi tombado pela Prefeitura em 1997, reconhecendo sua importância histórica e ambiental para a cidade.

Momento atual

Atualmente, o Parque da Redenção, também conhecido como Parque da Redenção, é um espaço vibrante e diversificado que oferece uma ampla gama de atrativos e serviços. Seus 35,7 hectares restantes abrigam 45 monumentos e uma série de ambientes ornamentados, como pergolados, cabanas, pavilhões e caramanchões.

As alamedas decoradas com bancos e ânforas em pedra convidam os visitantes a passear e apreciar a natureza exuberante ao seu redor. O parque também é palco de diversos eventos e atividades organizadas por associações e entidades locais, como encontros de meditação, competições esportivas, manifestações políticas, declamação de poesia, contação de histórias, oficinas de fotografia e vídeo, e apresentações de artistas de rua.

Um destaque especial é o Brique da Redenção, realizado aos domingos ao longo da Avenida José Bonifácio. Esse evento tradicional reúne inúmeras bancas que vendem artesanato, livros, alimentos e outros produtos. Metade do Brique é dedicada à venda de antiguidades, tornando-se um importante espaço de socialização e comércio local.

O Parque da Redenção, com sua rica história, beleza natural e variedade de atividades, é um verdadeiro tesouro para os moradores de Porto Alegre. É um local de encontro, lazer, cultura e contemplação, onde pessoas de todas as idades e origens podem desfrutar de momentos especiais em meio à natureza.

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Priscilla Kinast

Priscilla Kinast

Priscilla Kinast é redatora de web sites há cerca de 8 anos, tendo ao todo 15 anos de experiência com produção de conteúdo para a internet. Graduada em Administração de Empresas (Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre), encontrou sua verdadeira paixão na administração de websites.

Devido sua experiência com redação de conteúdo, obteve registro profissional como jornalista pelo Ministério do Trabalho (Registro Profissional: 0020361/RS).

É porto-alegrense raiz, nascida e criada na zona norte da cidade, mas muito apaixonada pela zona sul e pela orla do Guaíba. Ama a cidade e está sempre em busca de trazer mais informações que possam ajudar seus conterrâneos a curtirem mais o que Porto Alegre tem para oferecer!

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