O caos toma conta de Porto Alegre após a tempestade, com protestos que destacam a falta persistente de energia elétrica e água. As manifestações, iniciadas na quarta-feira (17), se intensificaram, resultando em bloqueios em diversas ruas da cidade. Na noite de quarta-feira, quatro protestos simultâneos foram registrados devido à ausência de luz em alguns pontos. Surpreendentemente, nenhum incidente com feridos foi reportado. A falta de energia elétrica já ultrapassa as 48 horas em algumas áreas, intensificando a revolta dos moradores.
Manifestações sobre a falta de energia elétrica no RS
Os protestos continuaram na tarde desta quinta-feira, com moradores da Vila Cruzeiro e da Avenida A.J. Renner se reunindo para expressar sua insatisfação. Desde a Zona Sul até a Zona Norte, pneus queimados e detritos bloquearam a Avenida Divisa e a Avenida A.J Renner, evidenciando a indignação da população.
O km 99 da BR-290 também foi palco de um protesto que gerou congestionamento, com cerca de 100 manifestantes queimando objetos na rodovia. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) teve que intervir para conter a situação. Enquanto isso, moradores dos bairros Rubem Berta e Sarandi, na Zona Norte, bloquearam a Avenida Dante Ângelo Pilla, exigindo atenção para a falta de luz e água.
Resposta das Empresas de Energia e Água
Até a noite de quinta-feira, 329 mil imóveis permaneciam sem energia elétrica no Rio Grande do Sul, com destaque para 205 mil clientes da RGE na Região Metropolitana. Na área da CEEE Equatorial, 124 mil clientes ainda estavam às escuras. Quanto à água, 60 mil imóveis atendidos pela Corsan Aegea enfrentavam a escassez, marcando uma redução significativa em relação aos 525 mil desabastecidos na quarta-feira.
Em Porto Alegre, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) lida com problemas em 35 das 87 estações de bombeamento de água tratada. A falta de água persiste, mas o departamento não forneceu uma estimativa atualizada sobre quantas pessoas ainda estão afetadas. A previsão é de normalização em até 48 horas, enquanto 79 geradores da Corsan Aegea operam em áreas ainda sem água.
Os protestos destacam a frustração dos moradores diante da prolongada falta de luz e água, transformando as ruas de Porto Alegre em palco de manifestações. O desafio agora é para as autoridades e empresas restaurarem a normalidade o mais rápido possível, atendendo às necessidades essenciais da população afetada.
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