Será que houve uma possível falha humana por parte dos bombeiros? Pois bem, a explosão que abalou o condomínio Alto São Francisco, no bairro Rubem Berta, em Porto Alegre, na última quinta-feira (4), continua a suscitar questionamentos. O comandante Regional Metropolitano do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Ricardo Mattei, revelou em entrevista ao programa Gaúcha+ que uma investigação pode ser aberta para apurar uma possível falha humana no atendimento dos agentes durante a ocorrência. Essa medida, no entanto, aguarda a conclusão do laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP), responsável por analisar as causas da explosão.
Relato dos Moradores e a Possível Falha Humana
Os moradores elaboraram um relatório que aponta possíveis falhas no procedimento dos bombeiros. Alega-se que a torre 10 não teve a energia elétrica desligada, o que pode ter contribuído para a explosão. Alguns depoimentos indicam que a explosão coincidiu com o momento em que um morador ligou a luz de um apartamento. Este relatório foi encaminhado ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) e à Defensoria Pública para análise.
O comandante regional, coronel Mattei, reconhece a possibilidade de uma falha procedimental no atendimento. A investigação se concentrará nas ações dos bombeiros e nos moradores durante a ocorrência. O comandante destaca que, se confirmada, essa seria a principal falha.
Durante a entrevista, foi admitido que dois moradores, localizados no terceiro andar da torre 10, deveriam ter sido retirados do local durante o atendimento. Quanto ao corte de energia elétrica, o comandante alega que não seria viável, pois as pessoas poderiam recorrer a velas, aumentando o risco.
Protocolo Genérico e Riscos Potenciais
Mattei explica que o protocolo é uma referência genérica e que cada caso é único. No contexto da explosão, ele argumenta que não havia certeza quanto ao ponto do vazamento, tornando arriscado o desligamento da energia. Ele destaca os perigos de velas, interruptores e outros elementos que poderiam agravar a situação.
O impacto da explosão resultou na morte de Tiago Lemos, de 38 anos, que teve 90% do corpo queimado. Outras oito pessoas ficaram feridas, incluindo dois bombeiros. Uma moradora permanece em estado grave na UTI do Hospital Cristo Redentor.
Enquanto a cidade se recupera do choque causado pela explosão, as investigações buscam esclarecer as circunstâncias do incidente. A possível falha humana no atendimento dos bombeiros levanta questões importantes sobre os procedimentos adotados durante situações de emergência, destacando a necessidade de revisão e aprimoramento contínuo para garantir a segurança da comunidade. O aguardo do laudo do IGP será determinante para o desdobramento dessa investigação em curso.
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