Na manhã da última terça-feira (26), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trouxe uma proposta de renegociação da dívida dos Estados com a União para os chefes dos executivos estaduais de sete estados brasileiros. Entre os presentes estavam o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, acompanhado da secretária estadual da Fazenda, Pricilla Santana.
Detalhes sobre a Renegociação da Dívida dos Estados
A proposta do governo federal prevê três faixas de redução temporária dos juros para o período entre 2025 e 2030, condicionadas a contrapartidas específicas. Essas faixas incluem taxas de juros reais de 3%, 2,5% e 2% ao ano, com exigências progressivamente maiores em termos de aplicação dos recursos economizados com o serviço da dívida na ampliação de matrículas no Ensino Médio Técnico.
- Taxa de juros real de 3% ao ano: o Estado deve destinar pelo menos 50% da economia com o serviço da dívida para a expansão do Ensino Médio Técnico;
- Taxa de juros real de 2,5% ao ano: o Estado deve destinar pelo menos 75% da economia com o serviço da dívida para a expansão do Ensino Médio Técnico;
- Taxa de juros real de 2% ao ano: o Estado deve destinar 100% da economia com o serviço da dívida para a expansão do Ensino Médio Técnico.
Além disso, caso o governo atinja a meta de ampliação do Ensino Médio Técnico, a redução da taxa de juros se tornará permanente. Esta proposta está sujeita à análise das equipes das secretarias de Fazenda dos estados nas próximas semanas e precisará de aprovação no Congresso para entrar em vigor.
Avaliação e Reações
O governador Eduardo Leite destacou a importância da proposta como um avanço nas negociações iniciadas no ano anterior. Ele ressaltou a necessidade de garantir que a dívida seja suportável pelos estados ao longo do tempo, evitando novas negociações no futuro. A proposta, apoiada pelo Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), solicita uma revisão dos encargos e do modelo de amortização da dívida, buscando reduzir o saldo devedor do Estado e aliviar sua carga financeira.
A renegociação da dívida dos estados é uma questão crucial para a estabilidade financeira e o desenvolvimento econômico regional. A proposta apresentada pelo governo federal é um passo importante para encontrar soluções sustentáveis e equilibradas para essa questão complexa. Agora, cabe aos estados e ao Congresso analisarem cuidadosamente os detalhes da proposta e trabalharem juntos para garantir um acordo que beneficie todas as partes envolvidas.
Gostou da matéria? Siga a gente no Facebook, Instagram e Twitter, e fique por dentro das notícias de porto Alegre.